Na Literatura, o Impressionismo derivou do Realismo, e o termo, só recentemente posto em uso por críticos e nazistas, tem servido para situar escritores até então sem uma classificação definida. Assim, a mesma indefinição do detalhe, do objeto, tanto na Pintura como na Música, é observada na Literatura. O escritor passa a lidar com “estados de alma”, no dizer de Hibbard, e até o enredo fica subordinado à situação daqueles “momentos”. A sintaxe perde a sua estruturação clara e é apenas esquematizada, levando em conta as necessidades expressivas para a captaçào do mundo subjetivo que o escritor quer retratar. Amado Alonso no ensaio Impressionismo em el Lenguaje, mostra que não há propriamente uma linguagem impressionista, mas algumas preferências por expressões subjetivas, simbólicas, que servem para aproximar certos escritores. E aponta o exemplo, muitas vezes freqüente, do abandono da ordem lógica da frase. E mais: o tratamento verbal para que o leitor tenha a sensação, não de uma descrição objetiva e onisciente do autor e sim de testemunha dos fatos apresentados. Assim, muitas vezes, escritores que à primeira vista pareciam tão distantes em sua maneira de concepção, podem ser aproximados por uma característica afim do estilo. No caso, Katherine Mansfield, Marcel Proust e outros.
No lago as niféias flutuam
entre circulares filhas ligadas
a imensos caules que vêm do fundo.
Na ilhota, agora dourados,
Cedro do Líbano olham no silêncio do horto
a beleza da paz que a natureza espera do mundo.
Taquaritinga, Outono de 2006 - W.Maguetas
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Boa síntese, mas aonde estão as referências?
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